Inúmeros estudos médico-científicos apontam relação entre sobrepeso ou obesidade infantil com sobrepeso ou obesidade na vida adulta. Isso se dá porque as células adiposas (de gordura) multiplicadas durante a infância não diminui. No máximo, elas murcham, diminuindo de tamanho. O problema é que as células adiposas têm “memória”, por isso é tão comum vermos adultos “brigando com a balança” constantemente. Assim, para combater a obesidade infantil, é importante ressaltar a necessidade de se criar bons hábitos alimentares e incentivar a prática de exercícios físicos desde cedo, e o exemplo deve vir dos pais e na escola.

 

OBESIDADE INFANTIL AUMENTA DEZ VEZES EM QUARENTA ANOS

Um estudo realizado pelo Imperial College de Londres e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e divulgado no fim de 2017 revelou que o número de crianças e adolescentes obesos aumentou dez vezes entre 1975 e 2016, passando de 0,7% das meninas para 5,6% e de 0,9% dos meninos para 7,8%. A taxa de pessoas com idade entre 5 e 19 anos foi a que mais aumentou o peso. No Brasil, entre as crianças acima do peso, temos 9,4% das meninas e 12,7% dos meninos.  Esse dado é tão grave que, hoje, a obesidade infantil é tratada como epidemia mundial e, se nada for feito, daqui a quatro anos (em 2022), haverá mais crianças e adolescentes obesos que abaixo do peso.

 

CAUSAS DA OBESIDADE

A facilidade de acesso a produtos processados e a massiva publicidade desses produtos fazem com que as crianças prefiram ingerir alimentos cheios de açúcar, farinha refinada, gorduras, conservantes, corantes artificiais e realçadores de sabor, que normalmente são pobres em nutrientes e ricos em calorias.

Aliado à alta ingestão de calorias diária, o sedentarismo é outra importante causa da obesidade. As crianças de hoje passam muito tempo “presas” às telas da televisão, do computador, do smartphone, e acabam não gastando energia com brincadeiras e jogos que movimentem o corpo.

Andar de bicicleta, brincar no parque, caminhar na praia, jogar bola, praticar um esporte são exemplos de atividades que ficam em segundo plano no dia a dia dos pequenos, e isso é determinante para o aumento do número de crianças e adolescentes com sobrepeso o obesidade.

 

COMO COMBATER A OBESIDADE INFANTIL

É comum ouvirmos que “o exemplo vem de casa” e esse ditado se aplica quando o assunto é o combate à obesidade na infância.

Durante os primeiros seis meses de vida, é fundamental que o bebê se alimente exclusivamente de leite materno. Quando isso não for possível, o pediatra deve indicar a fórmula adequada para cada caso. Um erro muito comum é os pais acharem que o leite é fraco ou que a fórmula não sustenta e acabarem acrescentando leite em pó, muitas vezes adoçados, e suplementos à alimentação dos bebês. Isso faz com que acostumem o paladar a sabores artificiais logo no começo da vida.

Oferecer alimentos açucarados e, aliás, um problema bastante recorrente. Pais e familiares devem cuidar para priorizar alimentos saudáveis, como frutas, verduras, grãos e proteínas magras para que os pequenos criem no paladar um rico repertório de sabores. Isso vai facilitar a aquisição de bons hábitos alimentares. Porém, vale lembrar que de nada adianta forçar seus filhos a comerem saladas se vocês se alimentam de fast food, por exemplo. Façam da boa alimentação um hábito da família toda!

Outra forma de ajudar as crianças no combate ao peso é tirá-las do sedentarismo, propondo atividades ao ar livre e incentivando a prática esportiva. Que tal conferir os esportes oferecidos no colégio do seu filho ou no clube perto de casa?

 

CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO NA ESCOLA

Assim como em casa, as crianças devem ter opções de lanches saudáveis no intervalo das aulas.

As lancheiras devem ter uma opção de fruta, uma fonte de proteína magra e um carboidrato (integral, de preferência) ou oleaginosas. Por exemplo: banana, ovo cozido e bolo de laranja caseiro; ou morangos, tapioca com geleia de fruta e iogurte; ou, ainda, uvas e sanduíche integral com patê caseiro de atum e água de coco.

Para as crianças que compram lanche na escola, observe a higiene do local e dos atendentes e a variedade de alimentos à venda.

Nas unidades A Lanchonete, atendemos rigorosamente a todas as especificações da Vigilância Sanitária para manipulação de alimentos, e os produtos comercializados estão de acordo com a Lei n.º 5. 853, de 4 de junho de 2001, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas, refrigerantes e sucos artificiais; balas, pirulitos e gomas de mascar; salgadinhos fritos e/ou industrializados; e pipocas industrializadas. E ainda buscamos variar os itens comercializados, para ampliar a gama de vitaminas e minerais oferecidos diariamente.

Essa é a nossa maneira de ajudar a combater o avanço da obesidade infantil, criando pessoas que experimentam novos sabores e que fazem escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis.

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